Muito se fala sobre o quanto a internet contribuiu para difusão de informação, e o quanto tornou tudo mais ágil e prático. Tudo isso é inegável. Porém, boa parte do conteúdo que consumimos na internet é fruto de um processo vasto que envolve concepção criativa, planejamento e direcionamento estratégico, produção e aprimoramento. Ou seja, tem consigo intrinsecamente o elemento, a interferência humana.
Mesmo com novas ferramentas tecnológicas como a IA – que pode auxiliar em etapas desse processo -, ainda assim para ter uma real interação com a audiência e personalização, o toque humano é imprescindível, e o processo de logística e produção ainda assim não é tão simples.
Por mais eficiente que se seja, leva-se tempo para o produto audiovisual final ser posto em uma prateleira. Prateleira essa em que é esvaziada instantaneamente.
E todo ciclo reinicia.
Em um mundo tão rápido no consumo, o tempo é o maior inimigo dos criadores de conteúdo, porque perder tempo costuma significar perder espaço, números, influência e oportunidades. Isso costuma desenvolver uma ansiedade absurda. O creator parte do princípio que seu objetivo é atender a demanda do mercado no momento em que o mercado exige. Ou seja, algo rápido demais para a maioria dos casos. E a saída mais comum que víamos era baixar a qualidade e ganhar o precioso tempo. Mesmo assim, as consequências se tornaram visíveis: creators exaustos que posteriormente foram inundados por sentimentos de frustração ou angústia por se sentirem insuficientes e que, por fim, perdem o contato/vínculo tão precioso com a audiência, por até cederem a mera reprodução de conteúdo para tapar buraco.
Então chegamos à questão crucial. Como dilatar o tempo em um mundo tão instantâneo?
A resposta é simples: não é possível. O comportamento de consumo é um efeito em massa, que vai se tornando exponencial. Ir contra o fluxo e se conectar realmente com a base de seguidores com conteúdos realmente relevantes e bem trabalhados mostra a humanização dessa relação virtual. Ou seja, uma reversão do padrão atual.
Nunca falamos tanto em slow content, que justamente é um movimento por conteúdos autênticos, de qualidade e com propósito, o que reflete diretamente na forma de consumo. Ao respeitar o tempo e direcionar o foco à criação de acordo com esses parâmetros pode-se aprofundar verdadeiramente as relações com a audiência, com as marcas, desenvolver uma satisfação pessoal/profissional em cada entrega e, por fim, gerar o sentimento de plenitude e realização.
Mas tudo isso exige uma reeducação do creator/influenciador para ter depois um reflexo do mercado, sobre como o conteúdo é consumido e o que esperar dele.
A assessoria de carreira é uma grande ferramenta para ajudar no direcionamento estratégico da personalidade para chegar em um ponto de conforto na produção de conteúdo.
Você já pensou em quão rápido você consome o conteúdo de quem acompanha e se sua velocidade de consumo é benéfica?
Fonte: Revista Live Marketing